Será que você sofre com tanatofobia ou apenas medo da morte? Entenda mais sobre essas condições!

Será que você sofre com tanatofobia ou apenas medo da morte? Entenda mais sobre essas condições!

Embora a morte seja a nossa única certeza, nem todo mundo lida bem com ela. Para algumas pessoas, apenas pensar na possibilidade de morrer um dia já gera um pavor muito grande. Estamos falando de quem sofre de tanatofobia, ou seja, a fobia da morte.

Nesses casos, o medo é intenso e envolve sintomas físicos ao simplesmente ouvirem falar da morte, seja em filmes, novelas ou conversas que tenham menção ao assunto.

Quer entender melhor o que é tanatofobia e descobrir se você ou alguém próximo sofre com o problema? Continue a leitura!

O que é tanatofobia?

A palavra tanatofobia é de origem grega. Ela vem de “Thanatos”, personagem da mitologia grega que era filho de Nix (deusa da noite) e irmão de Hipnos (deus do sono). Esse herói grego, de acordo com a mitologia, foi gerado sem o auxílio de nenhum deus e residia no reino dos mortos.

Assim, surgiu a palavra tanatofobia, ou seja, uma fobia de Thanatos, a divindade grega do reino dos mortos. É justamente pela associação da palavra “fobia”, que as pessoas que sofrem com essa condição se diferenciam dos demais que também apresentam medo da morte.

Afinal, morrer é algo que gera bastante receio em todos os seres humanos. Não sabemos o que acontecerá conosco depois da morte, nem como é a passagem ou outros “pormenores”. Porém, em algumas pessoas, esse medo é absurdo – e capaz de gerar sintomas físicos apenas de ouvirem a expressão ou de terem de lidar com ela em situações como filmes, peças de teatro e conversas.

Ao pensar na morte, quem sofre com esse tipo de fobia sente sintomas referentes à ansiedade e pensamentos obsessivos, envolvendo tanto o medo da própria morte como dos demais aspectos desconhecidos que envolvem a morte.

Quais os sintomas?

Como dissemos, a tanatofobia é um tipo de fobia e por isso possui uma série de sintomas físicos, como:

  • pavor inexplicável;
  • tonturas;
  • boca seca;
  • sudorese;
  • náuseas;
  • dor de estômago;
  • palpitações;
  • tremores;
  • ondas de calor;
  • sensação de estar sendo asfixiado;
  • dormência ou formigamento dos membros;
  • repetição de pensamentos obsessivos;
  • desejo intenso de fugir ou escapar da situação que gera medo;
  • raiva, tristeza ou culpa;
  • hipocondria ou medo absurdo de doenças.

Todos esses sintomas podem aparecer quando a pessoa com essa fobia se expõe a situações ligadas à morte, como: ao ver um cortejo fúnebre, conversar ou ler sobre a morte, ver um caixão ou simplesmente pensar sobre a sua própria morte ou de pessoas próximas.

Em geral, quem sofre com a fobia da morte pode apresentar receio de vários pontos relacionados ao “morrer”, como pavor do seu corpo entrar em decomposição, de não sentir ou ouvir nada, de não saber como será depois da morte, e assim por diante.

Como a tanatofobia é diagnosticada e tratada?

tanatofobia

Nem sempre é uma tarefa simples diagnosticar essa condição já que seus sintomas são relacionados a vários outros transtornos. Por isso, a fobia da morte geralmente é confundida com bipolaridade, depressão ou outros transtornos de ansiedade.

Assim, a participação do paciente no processo diagnóstico é essencial, relatando ao profissional quais pensamentos desencadeiam seus sintomas físicos. Em geral, também é necessário realizar alguns exames para que outras condições sejam descartadas.

Se você sente que os pensamentos extremos e o medo da morte estão afetando a sua vida, por exemplo impedindo você de sair de casa ou de manter sua rotina, o melhor a fazer é buscar ajuda profissional, como um psicólogo ou um psiquiatra. Eles poderão avaliar a sua saúde e realizar um diagnóstico mais preciso.

Causas

Não existe uma causa única para a tanatofobia. Em geral, ela pode ser adquirida após uma experiência traumática relacionada à morte, fazendo com que o paciente associe emoções negativas à ideia da morte. Ou, pode ser ainda, que a pessoa tenha internalizado o medo da morte de outra pessoa.

Por exemplo, quando criança pode ser que seus pais tratassem a morte como um tabu, usassem de eufemismos para se referir à morte de pessoas próximas (“partiu para uma melhor”, “foi morar com Deus” etc.) ou, simplesmente, tivessem medo de morrer e passassem esse medo para seus filhos, mesmo que de maneira inconsciente.

Tratamento

Os tratamentos podem ser variados e envolverem medicamentos e também terapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda os pacientes a eliminarem os pensamentos negativos e lidarem melhor com a morte. Durante as sessões, o terapeuta também poderá tentar fazer com que o paciente reflita de onde vem esse medo da morte e ajude-o a criar condições de lidar melhor com a situação, tornando-a menos assustadora.

Tanatofobia e tabu da morte: entenda as diferenças

Como dissemos, o medo de morrer é algo compartilhado por todos os seres humanos, em maior ou menor grau. Afinal, apesar de especularmos, não temos certeza exatamente sobre o que nos espera depois da morte – e nem como se dá esse processo a nível de consciência.

Porém, é importante fazermos uma distinção entre a tanatofobia e o incômodo que algumas pessoas sentem em falar sobre a morte. No primeiro caso, a pessoa sofre uma verdadeira fobia, com sintomas físicos e mentais que impedem que ela tenha uma vida normal, trazendo sofrimento intenso e causando prejuízos na sua rotina, convivência familiar ou trabalho.

Já o desconforto e a dificuldade em lidar com a morte compartilhados por muitos está associado ao fato de a nossa sociedade ainda enxergar o tema como um tabu. Em algumas famílias, é “mórbido” tratar sobre o assunto e simplesmente não se fala sobre ele, como: preferências para velório, procedimentos para transferência de bens, desejos sobre doação de órgãos ou sepultamento, entre outras questões.

Sem esse diálogo, quando sofremos uma perda de alguém próximo acabamos nos sentindo totalmente perdidos. Afinal, são os familiares que precisam tomar decisões importantes e, por nunca terem conversado sobre o tema, eles não sabem de que maneira agir e nem quais eram as preferências do falecido.

Esse “tabu” não é de hoje. Há anos a nossa sociedade ocidental evita falar sobre a morte, tratando-a como algo desconfortável e inadequada. Vivemos eternamente em busca do prazer, de saciar nossas vontades, de consumir cada vez mais e de buscarmos eternamente a felicidade. Nesse cenário, parece improvável termos conversas sobre a morte.

Lembrar que somos seres mortais é lidar com a nossa inconstância e efemeridade.  É assumir que tudo terá um fim, um dia, e que nem todas as nossas vontades e desejos serão saciados. E esses sentimentos não são bem-vindos na nossa sociedade, sendo considerados temas desagradáveis e que não devem ser abordados em conversas, discussões ou até nas artes.

Isso faz com que muitas pessoas sintam-se inseguras, temerosas e sem saber lidar com a morte, já que não somos preparados para ela, não sabemos lidar com a carga emocional que ela traz e nem com todas as decisões que precisam ser tomadas.

Se lidássemos melhor com a morte, talvez tivéssemos menos pessoas com pavor dela.

Como lidar com o medo de morrer?

Se, depois de ler este conteúdo, você acha que sofre com tanatofobia, o melhor a fazer é buscar ajuda profissional para que o tratamento seja adequado e a sua vida volte ao normal.

Mas, se você apenas tem medo de morrer, sem apresentar os sintomas físicos de uma fobia, a melhor maneira de lidar com esse sentimento é aceitando a nossa mortalidade. Focar no presente e tentar viver da melhor maneira possível é a “chave” para lidar bem com a morte.

Quando estamos vivendo plenamente, não nos preocupamos tanto com a possibilidade de nossa vida se extinguir – e a morte passa a ser menos aterrorizante.

Perder quem amamos é um dos sentimentos mais difíceis de lidar e o que faz com que muitos tenham medo da morte. Mas, novamente, a chave é focar no presente, trabalhando para construir bons relacionamentos e lembranças agradáveis. Assim, quando quem amamos partir, poderemos nos sentir mais confortáveis em saber que aproveitamos bem esse período juntos.

Ter fé e uma crença religiosa ou espiritual também ajuda muitas pessoas. Isso porque passamos a enxergar a morte de uma maneira diferente, não como um fim, mas como um meio para outras possibilidades, como vida eterna, reencarnação ou outros, dependendo da crença.

Como você viu, a tanatofobia é um medo extremo da morte. Ao contrário do sentimento de incômodo que muitos sentem em relação ao assunto, essa condição é capaz de provocar um pavor intenso nas pessoas, com sintomas físicos e emocionais que as impede de continuarem vivendo suas vidas de maneira normal.

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