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Você sabe o que acontece depois da morte? Entenda o que diz a ciência e as principais religiões do mundo sobre a vida após a morte!
Uma das grandes dúvidas que permeiam a humanidade é sobre o que acontece depois da morte. Um mistério até mesmo para a ciência moderna, esse é um assunto bastante discutido pelas religiões.
Céu, inferno, purgatório e reencarnação: são várias as possibilidades, dependendo da sua crença. A fé seria capaz de auxiliar, tanto as pessoas que estão passando por períodos complicados de doença, quanto aquelas que estão lidando com a perda e a morte recente de entes queridos.
Você quer saber a resposta para essa pergunta? Descubra como as principais religiões encaram a vida após a morte!
A ciência ainda não tem uma resposta clara para o que ocorre depois que morremos. Mas muitos cientistas têm estudado os relatos de pessoas que tiveram morte clínica, porém foram trazidos de volta (é o que chamamos de experiência de quase morte). O que tem se notado até o momento é a semelhança nos relatos com elementos que são repetidos, como:
Apesar desses relatos, a medicina não crê em nenhuma experiência astral ou em um mundo após a morte. Para os médicos, todas essas sensações são explicadas pela falta de oxigenação no cérebro, que cria alucinações visuais e sensoriais nos pacientes à beira da morte.
Quando estamos próximos do fim, nossos neurônios também morrem e perdem a capacidade de reter carga elétrica, descarregando uma sequência anormal, capaz de provocar alucinações.
Existe uma situação corriqueira nesses pacientes que ainda intriga os cientistas: muitos deles relatam fatos que realmente aconteceram, mas que eles não teriam como saber.
Por exemplo, muitos pacientes contam terem se encontrado com um parente que viria a falecer em breve. Ou visto situações que se passavam em outras salas do hospital (e que aconteceram enquanto eles estavam mortos).
Isso coloca em xeque a teoria de que, as sensações descritas no tópico acima, seriam apenas alucinações do nosso cérebro à beira da morte. Diante disso, os cientistas ainda não podem afirmar o que acontece conosco depois da morte – e nem se algo realmente ocorre.
Embora a ciência não tenha uma explicação para o que acontece depois da morte, as religiões há séculos se debruçam sobre esse assunto e trazem possibilidades e explicações bastante diferenciadas. Vamos ver em detalhes algumas das principais religiões do mundo e como elas encaram a vida após a morte.
Para os católicos, o que acontece depois da morte envolve céu, inferno e purgatório – e a ida para cada um desses lugares depende das ações que você teve em vida. Contudo, a alma é eterna e única. Para o catolicismo, ela não pode retornar para outros corpos ou animais, excluindo-se a possibilidade de reencarnação.
Os católicos creem na imortalidade e na ressurreição. De acordo com a Bíblia, nós somente morremos uma vez e, ao morrer, o católico será julgado pelos seus atos em vida.
Se ele conseguir o perdão para os seus pecados, será enviado ao céu, onde viverá em comunhão e participação com os demais seres humanos e com Deus. Caso contrário, se for condenado, irá para o inferno.
Algumas almas, contudo, possuem a chance de serem purificadas e, por isso, passarão um tempo no purgatório, que não é exatamente um lugar, mas sim uma experiência pessoal.
Os que forem enviados ao céu, ressuscitarão para viver eternamente. Após o Juízo Final, os pecadores serão separados para a eternidade, sendo que Deus julgará os atos de cada um em vida de acordo com os ensinamentos de Jesus e dos ideais de amor, justiça, fraternidade, paz, verdade e solidariedade.
Para o espiritismo, a morte não é o fim. Afinal, eles creem que nosso espírito permanece vivo mesmo após a morte do corpo físico, quando passamos, então, a viver em um novo plano astral (ou reencarnarmos em um novo corpo).
Quem pratica a caridade, o bem e o amor, evolui mais rápido e não necessita reencarnar várias vezes (apenas caso queira). Já os que praticam o mal, possuem várias oportunidades de melhoria por meio de novas reencarnações.
Os espíritas creem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como um ser criador de pessoas más ou boas. Para eles, Deus criou todos os espíritos como simples e ignorantes, sem discernimento do mal e do bem.
É por meio das experiências de vida que vamos evoluindo. Por isso, quem cria o céu e o inferno somos nós mesmos.
O Espiritismo acredita que todos os seres que vivem na Terra são espíritos reencarnados e que estamos neste plano em busca da evolução. Por isso, a morte é apenas a passagem da alma do mundo físico para o espiritual.
Os que já faleceram (desencarnados) possuem uma capacidade de se ligar a outros espíritos (encarnados ou não), de acordo com a sintonia e a afinidade dessas almas. É por isso que existem lugares com diferentes níveis vibratórios, sendo uns mais sofredores e infelizes e outros mais plenos e felizes.
Os judeus creem na sobrevivência da alma, mas não possuem um relato definido sobre o que acontece depois da morte e nem mesmo se a vida após a morte existe. Essa é uma religião que permite múltiplas interpretações.
Existem correntes que acreditam na reencarnação, enquanto outras creem na ressurreição da alma. A reencarnação seria uma volta da alma para um novo corpo e a ressurreição, o retorno da alma ao corpo original.
Para a Cabala (princípios espirituais anteriores às grandes religiões monoteístas), a alma é imortal. Assim, antes de nascermos, assinamos um contrato no qual nos comprometemos a enfrentar algumas situações que poderão nos trazer dificuldades e tristezas. Essas provações contribuem para o nosso aperfeiçoamento pessoal.
Quando falecemos, fazemos uma revisão de tudo o que vivemos na Terra e se conseguimos cumprir o acordo. Os judeus creem que existem 3 tipos de almas que se alojam nos corpos: nefesh, que é o mais “baixo”, o ruach, intermediário, que acontece aos 12 ou 13 anos e o neshama, mais elevado, que entra no nosso corpo aos 20 anos.
Ao morrer, o nesham demora 1 semana para partir (então os enlutados cobrem os espelhos da casa para evitar que a alma, ainda confusa, se choque ao visitar o local). O ruach demora 30 dias para deixar o corpo e o nefesh até 1 ano.
Assim, enquanto esses “pedaços” de alma ainda estiverem ligados ao corpo, ela não poderá reencarnar. É a consciência da pessoa em vida que determina o seu entendimento da morte. Mas a ação dos familiares pode ajudar no momento da morte, auxiliando a alma a se elevar, por isso muitos judeus entoam a prece kadish, em memória aos falecidos.
Assim como os católicos, os evangélicos também acreditam no Juízo Final. Nesse dia, todas as almas serão julgadas e Deus decidirá quem poderá ir para o céu e para o inferno.
A diferença em relação ao catolicismo é que, para os evangélicos, depois da morte, a alma inicia uma grande viagem e a ressurreição apenas acontecerá no dia em que Jesus voltar à Terra (o que os evangélicos chamam de “Ressurreição dos Justos”).
Nessa fase, os que foram condenados terão uma nova chance de ressurreição. Já os que morreram sem Cristo no coração receberão um corpo especial, onde poderão passar a eternidade no lago de enxofre e fogo.
Muitos evangélicos creem que, após a morte, nossas almas ficam adormecidas, aguardando pelo Juízo Final.
Para os batistas, existem dois tipos de mortes: a física, quando acontece a separação do corpo e da alma, e a espiritual, que é a separação da pessoa de Deus.
Nessa religião, após a morte física, os que confiarem em Jesus serão enviados para o Paraíso e terão uma vida de felicidade e paz. Já os que passarem pela morte espiritual serão enviados ao Inferno e passarão por uma vida de sofrimento, dor e angústias.
Os adventistas do sétimo dia acreditam que os mortos dormem até o momento da ressurreição. Nela, quem cumpriu adequadamente o seu papel na Terra, receberá a graça da vida eterna e, os demais, simplesmente desaparecerão.
Para os budistas, após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos. Ou seja, dependendo da sua própria conduta em vida, você poderá reencarnar como ser humano ou como um animal.
Esse ciclo de morte e renascimento se mantém até que o espírito consiga se libertar do carma, que é a marca deixada pelas ações e que estabelece uma lei de causa e efeito.
Dependendo do seu carma, você poderá reencarnar em um mundo diferente. São eles: reinos humanos, reinos celestiais, reinos animais, espíritos insaciáveis, espíritos guerreiros e espíritos infernais.
O Livro Tibetano da Morte nos explica que existem 49 etapas ou dias que se sucedem após a morte. Nesse período, os monges oram para que o falecido atinja a Terra Pura, um lugar de paz, sabedoria e tranquilidade, ou para que renasça em um nível superior.
Para se libertar do carma, é preciso abolir o apego, a ignorância e a sede de viver. Por isso, a doutrina budista ensina a praticar o bem, evitar o mal e purificar os pensamentos. Para eles, todo ser humano é iluminado, embora nem todos saibam disso.
Para os islâmicos, o mundo foi criado por Alá (Deus) e ele trará de volta à vida todos os que morreram no último dia, quando as pessoas serão julgadas e uma nova vida terá início após a avaliação divina. Assim, o Islamismo crê que essa vida é uma preparação para uma outra existência, que poderá acontecer no céu ou no inferno.
Ao morrermos, tem início o primeiro dia na eternidade e a alma ficará guardada esperando o Juízo Final.
As almas desobedientes, desviadas por Satanás, são enviadas ao Inferno, um lugar preto, com fogo ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Já as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alá e as tradições dos profetas são enviadas ao Paraíso, um lugar com rios de leite, córregos de mel e inúmeras outras belezas.
O candomblé é uma religião brasileira e de matriz africana. Para ela, não há uma punição eterna da alma e nem uma ideia preconcebida de céu e inferno.
No candomblé, as almas precisam cumprir o seu destino e, após o término do seu período na Terra, se esse objetivo não for alcançado, elas vagarão entre o céu e a terra até se tornarem seres eternos e conscientes.
Por isso, a morte é encarada apenas como uma passagem para outra dimensão, na qual ficaremos juntos de outros espíritos, guias e orixás. Mas, só está preparado para a morte e para essa passagem quem, de fato, cumpriu a sua missão na Terra.
A Umbanda também é uma religião de matriz africana e que acredita na reencarnação. Para ela, quando morremos, podemos ir para sete locais diferentes, pois, para os umbandistas, o universo é composto por sete linhas, regidas por entidades divinas, os orixás.
Assim, quando falecemos, somos atraídos para esses mundos espirituais. Como a Umbanda tem influências espíritas, os umbandistas também creem na evolução do espírito e na reencarnação.
Para eles, a morte também é uma etapa evolutiva, na qual o espírito, dependendo do que ele aprendeu na Terra, poderá evoluir ou reencarnar de novo. Se quem morreu aprendeu e evoluiu espiritualmente, ele será enviado a outro plano, no qual lidará com suas memórias e receberá auxílio dos espíritos mais evoluídos.
Por outro lado, se você ainda não aprendeu ou não evoluiu, poderá reencarnar para ter uma nova chance. A Umbanda também crê que bons espíritos possam escolher se tornar protetores dos menos evoluídos, acompanhando-os enquanto estiverem encarnados nesse plano.
O contrário também ocorre: os maus espíritos, ainda muito presos a esse plano, ao morrerem podem viver perturbando os vivos.
A Cientologia é uma religião relativamente nova e que traz no séquito dos seus crentes nomes como John Travolta, Julliete Lewis e Tom Cruise. Para eles, quando morremos, nosso thetan (espírito) acordará e sairá a procura de um novo corpo.
Assim, eles creem que os thetans andam em volta das pessoas e ficam à espreita, aguardando uma oportunidade para voltarem à vida. Quando avistam uma mulher grávida, aproveitam o momento em que a criança respira pela primeira vez para entrarem no corpo do bebê.
Para essa religião, há 75 milhões de anos, existiam dezenas de planetas que se reuniam em uma espécie de confederação das galáxias, que era governada por Xenu, um líder maligno.
Como havia um superpovoamento nos planetas, Xenu segregou esses bilhões de espíritos para a Terra. Assim, cada habitante da Terra hoje seria uma reencarnação desses extraterrestres, que continuam reencarnando eternamente e, portanto, são imortais.
Para os protestantes, a morte é apenas uma passagem dessa vida para outra. Eles não creem na reencarnação. Assim como os católicos, eles também creem no céu e no inferno.
Porém, a diferença é que, para os protestantes, o julgamento após a morte se dará pela crença, fé e amor que a pessoa teve em vida ao Senhor, e não tanto pelas atitudes dela enquanto esteve na Terra.
Quando uma pessoa morre, na Índia, o seu corpo é levado pelos parentes até o Rio Ganges, onde ele é cremado. Os indianos creem que a pessoa não é o corpo físico, mas sim a alma – e essa, depois que o corpo físico morre, parte rumo a outra dimensão. É por isso que os velórios são bastante animados, com cantoria e festa.
De acordo com a evolução espiritual que a pessoa teve em vida, ela poderá passar um período no loka, uma espécie de céu para os hindus. Depois desse período, terá de reencarnar novamente.
Nesse caminho até a Terra, a alma assimilará o que precisará vivenciar nessa nova experiência, para isso o espírito percorrerá as dimensões emocionais e mentais, conhecendo todos os desafios que terá de superar.
Assim, quando nascemos, estamos todos imbuídos de uma missão que precisará ser cumprida durante essa encarnação, ajudando a “quitar a dívida” dos erros cometidos nas vidas passadas.
As almas mais evoluídas reencarnam nas altas castas, dos brâmanes, que são representados pelos filósofos e sacerdotes. Na sequência vem a casta dos xátrias, os políticos e guerreiros.
Os menos evoluídos reencarnam na casta dos vaishas, comerciantes, ou nos shudras, trabalhadores.
Se, por ventura, a alma atingir um patamar elevado, conseguindo se desapegar totalmente do mundo material, emocional e mental, ela não precisará mais reencarnar.
É por isso que muitos indianos convivem bem com o sistema de castas, já que eles entendem que estão onde precisam estar para evoluir espiritualmente e, conforme conseguem esse progresso, terão a chance de reencarnar em uma casta melhor.
Como você viu neste conteúdo, é impossível dizer exatamente o que acontece depois da morte, já que cada religião e até mesmo a ciência possuem opiniões e crenças distintas.
O mais importante é escolher aquela explicação que lhe pareça mais verdadeira e ter fé de que, após a morte, uma vida melhor nos aguardará.
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