Como os cemitérios participam da história de Belo Horizonte?

A capital mineira foi fundada em 1701 – e, ao longo dos seus quase três séculos de existência, muitos acontecimentos importantes para a história de Belo Horizonte ocorreram. Inclusive com a fundação de cemitérios, os quais ajudam a compreender melhor sobre os moradores da BH do passado. Para se tornar a metrópole que é hoje, de importância para a economia do estado e do país, muitas transformações aconteceram.

Você é fã de história? Não perca este nosso post explicando a importância dos cemitérios para a cidade de BH. Confira!

Qual é a história de Belo Horizonte?

Como dissemos na introdução, BH foi fundada em 1701, quando ainda era chamada Arraial Curral del Rei. Apenas em 1897, ela foi elevada a capital de Minas Gerais e ganhou o nome de Cidade de Minas.

O nome “Belo Horizonte” veio somente em 1901. A sua importância tem início em 1893, quando ela é escolhida como capital de Minas Gerais, substituindo Ouro Preto – que não possuía estrutura necessária para a expansão urbana. É também devido a isso que Belo Horizonte foi totalmente planejada, começando em 1894 a sua construção.

Porém, foi somente a partir da década de 1940 que a industrialização começou a transformar Belo Horizonte, com a inauguração do famoso cartão-postal da capital: o Complexo Arquitetônico da Pampulha. Ele foi encomendado pelo prefeito da época, Juscelino Kubitschek, e assinado pelo grande Oscar Niemeyer.

Belo Horizonte atualmente

A cidade é um dos principais centros de processamento e distribuição de atividades essenciais à nossa economia, como mineração e agricultura, além de ser um polo industrial de automóveis, aço e derivados e produtos têxteis. É também um vivo centro cultural e estudantil, com várias universidades, bibliotecas, espaços culturais e museus. Belo Horizonte é reconhecida pela sua animada vida noturna, com os famosos bares da cidade – além de ser um centro de excelência em biotecnologia, medicina e informática.

Qual é a importância dos cemitérios para uma cidade?

Mais do que apenas ser um espaço para sepultar as pessoas, os cemitérios são de grande valia para a história da região. Não são raros os casos de cemitérios tombados como patrimônios históricos e culturais de determinada cidade, justamente porque auxiliam os historiadores a compreenderem melhor quem residiu no município em determinada época, como as famílias se sucederam e outras informações históricas essenciais.

Além disso, estudar a morte é conhecer mais sobre os costumes de determinadas comunidades e épocas, compreendendo melhor seus ritos de passagem e religião. Por meio da compreensão da arquitetura do cemitério, por exemplo, os pesquisadores podem comparar com a atualidade, traçando paralelos e entendendo melhor de que forma aconteceu a expansão urbana.

Outro ponto fundamental é em relação à preservação de bens culturais, como as esculturas, bastante comuns em vários mausoléus e sepulturas de famílias importantes ou mais abastadas, as quais, em épocas passadas, tinham o hábito de contratar artistas renomados para demonstrarem seu poder aquisitivo e homenagearem os entes que partiram.

É a partir dessas obras que podemos estudar o legado de vários artistas, além de compreender melhor os movimentos artísticos pelos quais o nosso país passou, analisando as técnicas empregadas, os materiais utilizados e vários outros quesitos técnicos.

Os ritos e a morte no Brasil

É também por meio da análise dos cemitérios que podemos compreender como a maneira de lidar com a morte tem sido transformada ao longo dos séculos na sociedade brasileira.

Nos primórdios da nossa colonização, os sepultamentos seguiam os ritos “importados” da Europa, quando os corpos eram enterrados nos salões das igrejas, mostrando uma ligação bem forte entre a religião e a morte.

Com o tempo, os sepultamentos passaram a ser realizados em terrenos específicos para essa finalidade, mas sempre contíguos às igrejas, ainda enfatizando a influência da religião. Mesmo nesses terrenos específicos, ainda se via uma distribuição diferente entre quem ali podia ser sepultado e quem não.

Foi apenas a partir da década de 1850 que começamos a ver surgir os primeiros cemitérios como conhecemos, em terrenos desmembrados da igreja e com espaços para sepultar todas as classes. É claro que, no início, muitos se opuseram à ideia de não sepultar seus mortos em solos sagrados, mas com o tempo essa prática começou a se tornar mais comum e difundida para as demais regiões brasileiras.

Porém, a divisão de classes continuou existindo. Mesmo os cemitérios que abrigavam toda a população, continham traços de segregação: os mais ricos e influentes possuíam sepulturas com materiais nobres, esculturas de artistas famosos e várias ornamentações, enquanto os mais pobres contavam apenas com uma sepultura simples.

Com a evolução da sociedade, as formas de sepultar os mortos também passou por transformações, surgindo novos conceitos de cemitérios, como os cemitérios parques, e até difundindo-se mais outras práticas, tais quais a cremação.

Cemitério do Bonfim: por que ele é tão importante para Belo Horizonte?

O Cemitério de Nosso Senhor do Bonfim, ou apenas Cemitério do Bonfim, é o mais antigo de Belo Horizonte. Localizado no bairro de mesmo nome, ele foi fundado em 1897 e possui quase 800 mil pessoas sepultadas.

É claro que, com tanto tempo de existência, muitas figuras históricas acabaram sendo sepultadas por ali. Além disso, o Bonfim conta com várias obras arquitetônicas importantes, como esculturas, mausoléus, obras de arte da belle époque até a art déco e também com peças de modernistas brasileiros.

Entre as figuras mais importantes sepultadas, estão o ex-presidente Juscelino Kubitschek e sua mulher Sarah Kubitschek, o pai de Dilma Rousseff, Pedro Rousseff e a Irmã Benigna, que tem um processo de beatificação aberto desde 2011. Assim como a capital mineira, o cemitério do Bonfim também nasceu da visão de criar uma cidade completamente planejada.

Bosque da Esperança e Parque Renascer: por que são marcos na história de Belo Horizonte?

história de Belo HorizonteNo que tange os cemitérios particulares, dois merecem destaque: o Bosque da Esperança e o Parque Renascer, marcados na história de Belo Horizonte. O Bosque da Esperança é o mais antigo e nasceu em 1988, oferecendo modernidade e inovação no setor de sepultamento. Para isso, reuniu atendimento personalizado, estrutura diferenciada e ótima localização. Hoje, o Bosque da Esperança é reconhecido como um dos mais tradicionais de BH.

Já o Parque Renascer é mais recente – e foi inaugurado em 2000. Ele está marcado na história de Belo Horizonte por ter sido o primeiro crematório do estado de Minas Gerais. Hoje é considerado um dos mais bem equipados e modernos de todo o Brasil.

Como você viu, os cemitérios ajudam a entender melhor a história de Belo Horizonte, que fica detalhada na arquitetura e também nos registros de sepultamento. Por isso, são tão importantes e muitos são tombados como patrimônios históricos.

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Cemitério Sem Mistério

O Cemitério Sem Mistério faz parte das empresas Parque Renascer e Renascer Funerária e criado para ser um portal informativo referente ao momento de luto.

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