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Discutir sobre a doação de órgãos no Brasil é falar sobre vida. Este é um tema de extrema importância já que, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, até setembro de 2019, existiam 36.468 pacientes na fila de espera por um órgão.
Para conseguir dar mais agilidade a esta lista e fazer com que mais pessoas tenham direito à vida é extremamente importante conscientizar sobre a importância da doação de órgãos no Brasil e também sobre os procedimentos que devem ser tomados por quem deseja doar.
Se este é o seu caso, continue a leitura deste artigo e saiba tudo sobre a doação de órgãos no Brasil!
Basicamente existem duas fontes de informação seguras sobre o tema no país: a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) e o Ministério da Saúde.
De acordo com o último levantamento da ABTO, de setembro de 2019, a lista de espera contava com 36.468 pacientes, sendo que destes, a maior demanda é por rim (23.630 pacientes), seguido de córnea (10,825), fígado (1.124), pâncreas e rim (406), coração (260), pulmão (199) e pâncreas (24). Já os pacientes pediátricos em fila de espera somam 744.
Os estados com mais pessoas na fila de espera são: Santa Catarina (16.032), Mato Grosso do Sul (4.210), Rio de Janeiro (2.697), Paraná (1.656), Bahia (1.545) e Espírito Santo (1.244).
Entre janeiro e setembro de 2019, entraram na lista novos 28.592 pacientes. Destes, 1.633 vieram a falecer, justamente por não conseguirem o órgão do qual necessitavam. Em relação à lista pediátrica, entraram novos 862 pacientes e faleceram 50.
Apesar desses dados, o Ministério da Saúde divulgou, em setembro de 2019, um comparativo com o ano anterior, em que mostrou ter havido um aumento no número de transplantes de pâncreas e rim (45,7% maior que em 2018), pâncreas (aumento de 26,7%), coração (variação de 6,3%), rim (aumento de 1,1%) e medula óssea (variação de 26,8%).
Porém, o número de transplantes de fígado, pulmão e córnea foram menores em 2019 do que em 2018, com destaque para o transplante de pulmão, que teve uma variação negativa de 24,6%.
Neste estudo, o Ministério divulgou que 3 estados conseguiram zerar a fila de transplante de córnea: Ceará, Pernambuco e Paraná.
Outro dado interessante trazido pela pasta foi o aumento no número de potenciais doadores, que subiu 2,7% em relação ao ano anterior. Em 2019, foram realizados no país 13.263 transplantes de órgãos.
O levantamento do Ministério da Saúde apontou que um dos principais desafios para a doação de órgãos no Brasil é a recusa familiar. Para isso, a pasta tem trabalhado em campanhas de sensibilização e informação, que visam, justamente, reduzir essa taxa e diminuir o número de pacientes em fila de espera.
De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pacientes em fila de espera até agosto de 2019 era de 44.689.
Apesar da grande fila de espera, atualmente, o Brasil é o segundo país que mais realiza transplantes no mundo – em números absolutos, o país apenas fica atrás dos Estados Unidos. Por isso, somos considerados referência mundial no assunto – e 91% dos transplantes são realizados pelo SUS.
Em 2019, o SUS realizou o primeiro transplante de intestino isolado em paciente pediátrico.
A doação de órgãos, mais do que um ato de amor, é uma ação de generosidade e de querer, de alguma forma, continuar contribuindo com as pessoas mesmo após a morte. Por isso, decidir-se sobre ser ou não doador e informar seus familiares ainda em vida é algo de extrema importância.
No Brasil, a legislação estipula que a decisão entre doar ou não é exclusivamente da família. E, em meio ao sofrimento da perda de um ente querido, nem sempre é simples tomar esta decisão, principalmente se quem partiu não deixou nenhuma recomendação neste sentido.
Embora o número de doações de órgãos no país esteja aumentando, um dos principais obstáculos para o aumento da prática ainda é a recusa familiar, como citamos.
De acordo com um levantamento da ABTO, 44% das doações no país não se concretizam justamente devido à recusa familiar em realizar o procedimento. Os outros motivos são: contraindicação médica (16%), parada cardíaca (9%) e morte encefálica não confirmada (6%).
O levantamento ainda mostrou que, somente no estado do Paraná o índice de recusa familiar ficou inferior a 30% – nos demais a média foi de quase 70%.
Esses dados se devem a inúmeros mitos que rodeiam a doação de órgãos no Brasil. Muitas famílias, por exemplo, têm receio de que o órgão seja retirado “antes da hora”, ou seja, com o paciente ainda em vida. Isto não acontece, afinal o principal procedimento para a doação de órgãos no Brasil é justamente que o paciente tenha confirmado a morte encefálica.
Além disso, também existe a falta de diálogo. Infelizmente, nem sempre conversamos sobre esse desejo ainda em vida e quando falecemos nosso familiares podem não saber da nossa vontade. Sem diálogo, é possível que muitos acabem negando a doação.
A religião também é um ponto que costuma pesar. Ainda que várias doutrinas não se posicionem contra a doação, muitas famílias têm receio do que isso significará para a alma do falecido. Vale lembrar, contudo, que a doação é um ato de amor e de generosidade – algo que está no cerne de praticamente todas as religiões.
Outros pontos também são citados pelos familiares como justificativa para não doar, como:
De qualquer maneira, se você tem a vontade de se tornar um doador de órgãos, converse com a sua família ainda em vida para expressar este desejo, assim será mais fácil para que os seus familiares tomem esta decisão quando for necessário.
O primeiro passo para conscientizar a sociedade sobre a doação de órgãos no Brasil é entender exatamente de que maneira este procedimento se dá em nosso país.
Vale salientar que todo processo de doação de órgãos no Brasil (excetuando aquela entre vivos) deverá seguir esta sequência de passos, dando mais segurança ao procedimento e também as pessoas e familiares envolvidos.
Veja quais são estas etapas.
A princípio todas as pessoas que tenham tido morte encefálica podem ser candidatas à doação de órgãos no Brasil. A morte encefálica acontece quando existe uma parada total das atividades cerebrais, sendo um quadro irreversível.
Para chegar a este diagnóstico, os médicos responsáveis pelo caso usarão aparelhos específicos como a angiografia cerebral e o eletroencefalograma.
Normalmente, a morte encefálica ocorre depois de acidentes vasculares (AVC) e traumatismos cranianos. Porém, apesar de o cérebro não estar mais vivo, o coração poderá continuar batendo e é justamente esta irrigação sanguínea que faz com que os órgãos se mantenham viáveis para o procedimento de doação.
Assim, os médicos irão manter a circulação sanguínea do paciente de forma artificial, com o uso de aparelhos específicos, enquanto a família é notificada da situação e a Central de Transplantes é avisada.
Novamente, vale ressaltar que, quando diagnosticada, a morte encefálica é irreversível. Isso significa que ainda que os batimentos cardíacos do paciente se mantenham, ele já não está mais presente e por isso a doação poderá acontecer.
Qualquer procedimento de doação de órgãos no Brasil apenas acontece mediante a autorização da família do paciente. É importante que esta decisão não demore muito a ser tomada, pois com o passar do tempo o doador pode perder sua viabilidade.
Em geral, após 6 horas de morte encefálica, o doador passa por novos exames para se certificar que ainda é viável a remoção dos seus órgãos.
A nossa legislação não reconhece e não valida as mensagens por escritos deixadas pelo doador atestando a sua vontade de doar órgãos. Assim, somente os familiares podem autorizar este processo – por isso é extremamente importante conversar ainda em vida sobre o seu desejo e garantir que ele será respeitado quando o momento chegar.
Após o diagnóstico de morte encefálica e a autorização da família, a equipe médica aplicará um questionário nos familiares visando levantar o histórico médico do paciente. Este é um passo importante e, dependendo da condição médica, poderá descartar o doador.
A intenção, com este questionário, é investigar determinados hábitos do paciente que tenham feito com que ele contraísse doenças ou infecções que tenham potencial para ser transmitidas a quem receber os órgãos.
Algumas doenças crônicas, como o diabetes, além de infecções e até o uso de drogas podem comprometer o órgão que seria doado, tornando o transplante inviável por ter altas chances de comprometer a saúde de quem o receberá.
Além da entrevista, os médicos responsáveis também deverão realizar alguns testes clínicos, físicos e biológicos, buscando entender a compatibilidade do doador com as pessoas que estão aguardando na fila de transplante.
É possível que um mesmo doador ofereça vários órgãos a vários pacientes na fila de transplante, assim uma só pessoa é capaz de salvar inúmeras vidas. Em geral, as cirurgias que mais acontecem são: coração, fígado, pulmão, rins, córneas, intestinos, pâncreas, pele, vasos, tendões e ossos.
Todo o procedimento para encontrar o receptor é feito de maneira automatizada, com os 27 centros de notificações integrados. Assim, os dados do doador são informatizados e cruzados com as pessoas que aguardam na fila do transplante, sendo separados por urgência e tempo de espera. Os receptores podem ser encontrados em qualquer parte do Brasil.
O processo inteiro de doação de órgãos no Brasil deverá ser feito respeitando o tempo limite para a retirada e a preservação dos órgãos, que varia de acordo com o órgão a ser doado. O fígado e o pâncreas são os que menos duram fora do corpo, em geral de 12 a 24 horas, enquanto os ossos podem ser preservados fora do corpo por até 5 anos.
Após a retirada do doador, o Ministério da Saúde poderá viabilizar o transporte da equipe de transplante, principalmente quando o procedimento de doação acontecerá entre pessoas de Estados diferentes.
O Ministério possui um acordo voluntário com companhias aéreas do país, assegurando o translado, sendo que estas empresas transportam os órgãos de forma gratuita nos voos comerciais.
Um decreto do presidente Michel Temer autorizou que a FAB (Força Aérea Brasileira) forneça apoio às missões da Central Nacional de Transplantes.
Depois que o paciente recebe o órgão, ele deverá passar por um processo de pós operatório, sendo que o sucesso da cirurgia poderá depender de muitas variáveis, como as condições do órgão e também o estado de saúde do receptor. Também será necessário o uso de imunossupressores evitando a rejeição.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, os pacientes têm uma sobrevida de 60% depois de 5 anos de cirurgia para transplantes de pulmão e de fígado, de 80% para os transplantes de rim e de 70% para os de coração.
Em alguns casos, não é preciso que exista a morte encefálica para que a doação de órgãos ocorra. Existem alguns casos de doações que podem ser feitas ainda em vida. Confira.
Como o rim é um órgão duplo, ele pode ser doado em vida. No caso, o doador oferece um dos seus rins a alguém da família ou um amigo, desde que haja compatibilidade para isso. Tanto o doador, quanto o transplantado podem ter uma vida totalmente normal com apenas um rim.
Nos transplantes de fígado e de pulmão o que acontece é a doação de parte destes órgãos. No caso do fígado, é retirado cerca de 40% do órgão e esta parte é colocada no receptor, sendo que tanto quem doa, como quem recebe consegue se recuperar plenamente, já que o fígado é capaz de se autorregenerar, atingindo mais ou menos o volume de antes da doação.
Já no caso dos pulmões, é possível doar uma parte de um dos dois pulmões para um receptor, porém este procedimento ainda é pouco utilizado, já que a sua recuperação é mais delicada.
A medula óssea se aloja no interior de vários ossos, especialmente os da bacia, e fornece ao nosso corpo células que têm a capacidade de se diferenciarem em qualquer tecido. A doação de medula óssea é importante no tratamento de vários tipos de doenças, como a leucemia, a anemia aplástica, entre outros.
Após doada, a medula óssea volta a se recompor em 15 dias e os doadores podem retomar suas atividades normais depois uma semana. A doação pode ser feita tanto em centro cirúrgico, sob anestesia geral ou peridural, como por aférese, por meio de uma máquina específica que colhe o sangue da veia do doador, separa as células tronco e devolve os elementos ao receptor.
Para ser doador de medula óssea é preciso procurar um hemocentro próximo da sua casa e fazer uma coleta de sangue. Este passará por testes laboratoriais visando identificar a tipagem de HLA. Após isto, serão colhidos os seus dados pessoais e o seu HLA será inserido no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Embora o sangue não seja um órgão, você também poderá doá-lo em vida e ajudar muitas pessoas. A cada doação são coletados em média 450 ml de sangue.
A princípio podem doar pessoas com mais de 50 kg e que estejam saudáveis. O período entre doações deverá ser de 3 meses para os homens e de 4 meses para as mulheres.
Se você deseja se tornar um doador de sangue, basta ir até o hemocentro da sua cidade a qualquer momento.
Porém, vale lembrar que existem algumas doenças que impedem a doação de sangue, como nos casos de: AIDS, hepatite B ou C, câncer, doença de Chagas, malária, ser usuário de drogas ou estar sob tratamento com determinados tipos de medicamentos.
Não sabe quem pode e quem não pode ser doador de órgãos? Veja abaixo.
Para ser doador de órgãos é preciso, primeiro, não ser portador de doenças transmissíveis, como a AIDS, não ter tido câncer generalizado e nem infecções graves.
Também não podem doar pessoas com doenças infecciosas incuráveis ou ainda doenças que, devido a sua evolução, tenham criado comprometimento do estado dos órgãos a serem doados.
Além disso, não podem doar menores de 21 anos sem a expressa autorização dos responsáveis, pessoas sem identificação e aquelas que faleceram devido à insuficiência renal grave, ou de outros órgãos como o coração, o fígado ou os pulmões.
A idade também pode ser considerada em alguns casos. Embora ela não seja o fator mais importante, são aceitos alguns limites para determinados órgãos, como: 70 anos para a doação de fígado, 75 para os rins, 55 para o pulmão e o coração, 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas e 50 para o pâncreas. As córneas não têm limite de idade.
Podem ser doadoras no Brasil, as pessoas com morte encefálica diagnosticada e aquelas que faleceram devido à parada cardíaca, como as causadas por arritmias ou infarto. Nestes casos, como a circulação sanguínea ficou parada por um tempo, apenas é possível doar os tecidos, como a pele, os ossos, os tendões e a córnea.
Praticamente todo o procedimento de doação de órgãos no Brasil é realizado e financiado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, o nosso país é referência na área de transplantes, sendo o segundo maior transplantador do mundo.
Para que isso seja possível, os pacientes transplantados recebem assistência gratuita e integral pelo SUS, o que inclui: exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento, medicamentos para não rejeição e os demais cuidados básicos.
Quem controla todo esse processo é o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), ligado ao Ministério da Saúde.
Além dele, também existe o Sistema de Lista Única, composto pelo conjunto de potenciais receptores brasileiros (tanto natos como naturalizados), ou estrangeiros que residem no país. A lista inclui quais órgãos, tecidos ou parte do corpo o paciente necessita e é regulada por uma série de critérios específicos definindo quem receberá a doação primeiro.
Vale a pena salientar que, como o procedimento de doação de órgãos é realizado pelo SUS, a família que doa não precisará arcar com nenhum custo.
Como explicamos, são considerados potenciais doadores aqueles pacientes que tiveram morte encefálica diagnosticada. Em geral, as principais causas para esse tipo de morte são: Acidente Vascular Encefálico (tanto isquêmico como hemorrágico), Traumatismo Craniano Encefálico, Tumor Cerebral Primário e Encefalopatia Anóxica.
Depois de confirmado o diagnóstico de morte cerebral, a equipe médica entrará em contato com a família para que seja dada a autorização de doação e também para orientá-la sobre o procedimento.
É o hospital que informará às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) sobre o doador, notificando dados essenciais como idade, nome e causa da morte do paciente, além do hospital onde ele se encontra.
Depois de ler este conteúdo, você deseja doar os seus órgãos caso algo venha a acontecer com você?
Para que a doação de órgãos no Brasil se concretize, o primeiro passo é conversar sobre esse desejo com a sua família, já que, como você viu, é preciso a autorização dos familiares para que o procedimento ocorra. Em alguns casos, a Justiça também poderá aceitar a vontade expressa e registrada do doador, embora esse não seja o procedimento padrão.
Assim, o mais indicado é: primeiro, conversar com os seus familiares mais próximos e deixar expressa a sua vontade, depois, realizar o registro em cartório desse desejo, como por meio da Declaração de Vontade ou o cartão de doador de órgãos.
Se a ideia é ser doador em vida, a família não precisa autorizar. De acordo com a lei, podem ser doadores pessoas até o quarto grau de parentesco e cônjuges. No caso de doação entre não parentes, é necessária autorização judicial.
Mesmo após ler todas essas informações, você ainda tem dúvidas sobre a doação de órgãos no Brasil? Montamos um tira-dúvidas com as principais questões sobre o tema. Confira.
Não! Para ser doador, não é preciso emitir nenhum documento. Basta apenas informar seus familiares sobre esse desejo. São eles que assinarão a documentação e autorizarão o processo quando o momento chegar.
Infelizmente não. A morte encefálica é uma situação irreversível. Ela consiste na perda das funções cerebrais de uma forma que não pode ser mais tratada. É importante destacar que morte encefálica e coma são questões diferentes. O coma é reversível, ou seja, ainda há a possibilidade de o paciente acordar.
Mas quem teve morte encefálica diagnosticada não está mais em coma e, como o seu cérebro “morreu”, ele não tem mais condições de acordar.
Para garantir a segurança do procedimento, o diagnóstico dessa condição é feita de acordo com uma série de requisitos, com dois médicos distintos atestando a situação, além de uma série de exames.
Para a remoção dos órgãos a serem doados, será preciso que o corpo do falecido seja submetido a um procedimento cirúrgico de rotina (como a retirada do apêndice ou da vesícula, por exemplo).
Por isso, o corpo do doador não sofrerá nenhuma alteração na aparência, o que permitirá que ele seja velado e sepultado de acordo com os desejos e ritos da família.
Não, essa informação é falsa. Todos que tiveram morte encefálica diagnosticada podem ser potenciais doadores. O que determinará a viabilidade do procedimento é a avaliação médica do corpo do paciente, realizada por meio de exames de imagens, laboratoriais e clínicos, além do histórico de vida, como doenças crônicas e hábitos, tais quais alcoolismo ou tabagismo.
Todos os cidadãos brasileiros que precisam de um órgão entram na fila de espera, independentemente da condição social ou financeira. A seleção é feita de maneira automática por um programa de computador, que avaliará a compatibilidade, a gravidade da doença de quem está na fila, o tempo de espera, o tipo de sangue e outras informações sobre a sua saúde.
Esse programa é totalmente seguro e antifraude, por isso não existem chances de os órgãos doados serem vendidos ilegalmente no mercado negro, por exemplo.
A maioria das religiões deixam a cargo dos fiéis tomarem essa decisão. Mas, como dissemos, a maioria tem no seu cerne a fraternidade, a compaixão e o amor ao próximo. Doar um órgão é salvar uma vida, e com certeza um ato de fé e de bondade.
Um doador único é capaz de ajudar até 10 pessoas, sendo possível doar múltiplos órgãos e ajudar vários pacientes na fila de espera, como fígado, rins, coração, pâncreas, pele e pulmão, além dos tecidos como córneas, medula óssea e ossos.
Sim! A doação em vida pode ser feita para os casos de rins, parte da medula óssea, parte do pulmão ou do fígado. Esses procedimentos não são prejudiciais à saúde e é possível se recuperar e viver plenamente após a doação.
Mas é preciso que você esteja com a saúde em dia e ter compatibilidade sanguínea com o receptor. Os riscos são os mesmos de quem irá se submeter a uma cirurgia com anestesia geral, mas para reduzi-los são feitos vários exames antes do procedimento.
Como você viu, o processo de doação de órgãos no Brasil é algo que segue inúmeros parâmetros, garantindo a segurança de todos os envolvidos. Apesar de a maioria dos transplantes ser realizada pelo SUS de forma gratuita, infelizmente, a recusa familiar ainda faz com que muitas pessoas acabem falecendo à espera de um órgão.
Isso se deve, principalmente, por questões de desconhecimento sobre o processo e a vontade do falecido. Então, se você deseja se tornar um doador de órgãos, é importantíssimo conversar com seus familiares sobre essa questão ainda em vida, já que são eles que decidirão sobre o processo quando algo acontecer com você.
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