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A perda de um ente querido nos traz diversos sentimentos. Partilhamos a dor com todos aqueles que tinham consideração por quem se foi e fazemos os rituais típicos do Brasil.
Mas como será em outros lugares? Descubra algumas curiosidades interessantes sobre a morte em diferentes culturas e seus significados!
Cada religião interpreta a morte de uma maneira diferente. Se para algumas a morte é o fim da existência, para outras é apenas uma etapa. Por isso, abordaremos algumas curiosidades sobre as principais crenças: catolicismo, budismo, espiritismo, candomblé, judaísmo, islamismo e protestantismo.
A morte é uma passagem para a vida eterna, conforme a crença dos católicos. Cada pessoa é julgada pelas suas ações durante a vida: se perdoado, alcançará o céu, será tocado pelo Senhor e ressuscitará para a vida eterna. Se condenado, irá para o inferno.
Algumas almas passam pelo purgatório para serem purificadas por meio de uma experiência existencial. A crença em céu, purgatório e inferno afasta dos católicos a ideia da reencarnação. Alma e corpo, sendo uma só coisa, tem apenas estes três destinos, sendo que somente no céu se ergue para a vida eterna.
Ao contrário dos católicos, os budistas acreditam em reencarnação: após a morte, o espírito volta à vida em outro corpo. Suas ações em vida influenciam em quais condições voltará, subindo ou descendo na escala evolutiva dos seres vivos.
Buda compara a morte e a reencarnação ao ciclo de dormir, sonhar e acordar. As reencarnações acontecem até que o espírito se liberte do carma, que nada mais é do que a lei de causas e efeitos. Para alcançar a libertação, é preciso se desapegar das coisas materiais, evitar o mal, praticar o bem e purificar o pensamento.
Os espíritas também acreditam na reencarnação e na inexistência da morte. Todos fomos criados iguais, simples, ignorantes e somos diferentes na escala evolutiva conforme nossas ações. Em cada vida, o espírito utiliza seu corpo físico para evoluir.
Aqueles que não praticam o bem, são mais rudimentares, evoluem devagar e recebem novas oportunidades de melhorias por meio das encarnações. Os bondosos evoluem com mais rapidez por se aproximarem dos valores morais de Cristo.
Para eles, a consciência é eterna. A morte é o retorno da alma para o mundo espiritual, onde viverá até que ela esteja pronta para uma nova encarnação.
A religião de matriz africana acredita na continuidade da vida por meio de uma força vital e imortal chamada ori (cabeça interna, destino). Ela é a parte imperecível de uma pessoa.
Ao morrer, o espírito passa para outra dimensão e se junta a outros espíritos, guias e orixás. Ou seja, a morte não é o fim, mas uma mudança de estado e de plano de existência.
Uma curiosidade interessante é que o candomblé não permite a cremação do corpo. Ao contrário, ele deve ser enterrado, pois o retorno à terra completa o ciclo da vida.
Para os judeus, a alma é eterna. A morte é apenas o fim do corpo, da matéria. Cada um está na Terra por um motivo e tem uma missão a cumprir.
Porém, não há clareza a respeito da vida após a morte: algumas correntes acreditam na reencarnação (retorno do espírito a um novo corpo) e outras acreditam na ressurreição (retorno ao corpo original).
A situação do espírito está conectada ao modo como a pessoa viveu no mundo terreno. Assim como no candomblé, não é permitida a cremação do corpo.
Para o islamismo, a morte é a separação do corpo e da alma, é a passagem desta vida para a eternidade. Nessa religião, acredita-se em paraíso e inferno, como os católicos e em um juízo final, quando Alá trará à vida todos os mortos.
Por isso, ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreição para ser julgada pelo criador. O islamismo não permite a cremação do corpo.
Os protestantes acreditam que a morte é uma passagem para uma vida em comunhão com Deus, até que ocorra a ressurreição do corpo. A crença em céu e inferno existe, mas com uma diferença sutil à católica: o julgamento ocorre pela fé da pessoa na palavra de Deus e pelo amor à Ele, não pelas ações da pessoa em vida.
As diferenças acerca da morte em sociedades diversas, seja em civilizações antigas ou na sociedade atual, estão ligadas às heranças culturais que, por sua vez, relacionam-se diretamente com a religião que professamos. Os povos mesopotâmicos, por exemplo, costumavam enterrar os mortos com todos os seus pertences e com suas marcas de identidade pessoal e familiar. Além de comida, para garantir uma travessia sem escassez ou dificuldades. Ao contrário, as sociedades hindus incineravam seus corpos para os libertarem de todos os pecados, apagarem suas memórias e dissolverem sua identidade.
A sociedade africana apresenta uma particularidade pouco vista no mundo ocidental. Suas religiões e cultos são muito integradas à natureza, e, por isso, a pedagogia da morte é permanente e presente desde a infância.
A morte é, assim, aceita naturalmente, porque há integração com a natureza. É o fechamento necessário ao circuito vital.
Cada país tem predominância de alguma religião e heranças culturais, o que determina como a morte é encarada no território. No Brasil, país em que as religiões cristãs predominam, temos os enterros ou a cremação do corpo, velórios de até 48 horas, orações, flores e velas.
Conforme a religião cristã professada, podemos ter sentimentos de dor e desespero nos velórios, ou de paz e tranquilidade. Temos aqui, inclusive, o Dia de Finados, em 2 de novembro. Em outros países, como Itália, Suíça e Estados Unidos, os funerais são feitos em recintos religiosos locais ou em casa, com comida, bebidas e celebrações, sem qualquer constrangimento.
O México é um país muito peculiar: o dia de finados é comemorado com muita festa e alegria. É a celebração da vida de quem se foi, que, inclusive, é “chamado” para participar da festa.
Os mexicanos encaram a morte como uma fase de um ciclo infinito, um espelho que reflete como vivemos e nossos arrependimentos. A morte em diferentes culturas têm significados interessantes que contribuem para que encaremos a perda de formas diversas.
Enquanto alguns apresentam dificuldades para lidar com a morte de um ente querido, outros lidam de forma serena e festiva. Independente da forma como se dá, ela nada mais é do que o fim de um ciclo natural.
Concorda? Qual religião/sociedade você achou mais curiosa? Deixe o seu comentário e até o próximo post!
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