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Mesmo com tantos avanços na medicina, ainda existem algumas doenças que são impossíveis de serem tratadas. Doenças crônicas, câncer avançado e outras situações podem levar a um estado terminal com poucos meses de estimativa de vida. Nesses momentos pode ser difícil, tanto para o doente quanto para os familiares, saber a forma correta de lidar com a situação.
Os cuidados paliativos se configuram como um ramo crescente da medicina, que pode ajudar com essa transição. Assim, é possível lidar não apenas com os sintomas físicos, mas também com as questões emocionais e espirituais dos pacientes e seus cuidadores.
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Os cuidados paliativos são um novo ramo da medicina que busca não apenas tratar a doença, mas também o doente e todos os envolvidos nessa situação, com maneiras de aliviar os sintomas físicos, emocionais, sociais e espirituais que podem surgir. Encarar a aproximação da morte não é simples, pode ser bastante dificultoso e traumático para algumas pessoas.
Além dos desconfortos e problemas físicos naturais dessa fase, ainda existem outras demandas como dúvidas existenciais, questões práticas a respeito de testamentos e heranças e emoções instáveis como depressão e ansiedade, que podem também afetar a família que convive com o doente. Para buscar tornar a transição mais fácil é que surgiu os cuidados paliativos.
Os cuidados paliativos seriam uma equipe multidisciplinar de saúde, que prolonga os cuidados para a casa do paciente, oferecendo todo o suporte necessário para encarar essa fase com menos dor e sofrimentos físicos e psíquicos. Em geral, esse tipo de tratamento é mais usado pelos pacientes terminais de câncer, mas também pode ser indicado para pessoas com doenças crônicas e que não apresentam mais chances de melhora, como insuficiência renal, insuficiência cardíaca, diabetes e Alzheimer. Quem indica os cuidados paliativos é sempre o médico que trata o paciente a partir da constatação de que não existe mais possibilidade de cura.
Como dissemos, os cuidados paliativos não estão restritos aos pacientes, já que todos os envolvidos com a situação também são afetados. Isso significa que a equipe multiprofissional buscará amenizar o sofrimento de todos os envolvidos.
A equipe médica ensina os familiares e cuidadores a realizarem os procedimentos de forma adequada, oferecendo suporte psicológico durante todo o tratamento e também após a morte do ente. Inclusive, esses médicos podem acompanhar os familiares enlutados, ajudando todos a encararem este momento da forma menos sofrível possível.
Infelizmente, os hospitais não são os melhores ambientes para receber e tratar esses pacientes terminais, já que não oferecem contato com os familiares e nem suporte psicológico adequado. Apesar disso, nem todos os pacientes possuem condições de serem tratados em casa — uma vez que muitos familiares não dispõem de conhecimentos técnicos para lidarem com todas as demandas que os pacientes terminais possam ter.
É nesse sentido que os cuidados paliativos pode ajudar, afinal, oferecem tratamento especializado e multidisciplinar, auxiliando todos os envolvidos e tornando a despedida menos cruel e traumática. Uma equipe de cuidados paliativos pode ser composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, dentistas, farmacêuticos e até mesmo capelão.
A dor é, de longe, um dos problemas que mais afetam os pacientes terminais — e ela deve ser aliviada com o uso de medicamentos próprios. Mas além dela pode haver outras questões envolvidas que também merecem atenção, como:
sintomas físicos, como fadiga, náuseas, vômitos, perda de apetite, insônia e falta de ar, sendo que muitos podem ser controlados com medicamentos próprios e outros com técnicas de fisioterapia e de respiração;
problemas emocionais, como medo, ansiedade e depressão, também presente nos cuidadores e nos membros da família. Nessas situações, as equipes de cuidados paliativos oferecem suporte e apoio psicológico, com aconselhamentos, direcionamento a grupos de apoio e reuniões familiares;
dificuldades práticas, como preocupações legais e financeiras sobre a situação dos familiares após a morte do paciente. As equipes de cuidados paliativos também podem ter especialistas nessas áreas, ajudando com aconselhamento financeiro, jurídico e médico;
questões espirituais, como a preocupação sobre a vida após a morte, o sentido da vida, questionamento da fé e o motivo de estarem sofrendo com uma doença terminal. Os especialistas podem auxiliar os pacientes e familiares a explorarem seus valores e crenças, buscando encontrar um sentido para a paz ou aceitar melhor essa situação.
Os familiares que estão passando por essa situação podem enfrentar diversos dilemas e sentimentos contraditórios. Fazem parte desses dilemas a dificuldade em cuidar de um paciente doente, as responsabilidades extras que terão de assumir após o falecimento do ente querido, a incerteza sobre as questões médicas e o apoio psicológico que estão oferecendo ao enfermo.
É normal que muitas questões íntimas e até problemas familiares surjam nos momentos finais da vida e é para lidar com essas situações de maneira menos traumática que os especialistas em cuidados paliativos trabalham. Como falamos, as equipes de cuidados paliativos são responsáveis por auxiliar, tanto o paciente quanto os familiares para essa transição do tratamento para o fim da vida, dando suporte emocional a todos.
Os cuidados paliativos ajudam os parentes a lidarem com a sensação de impotência diante da morte iminente, os sentimentos de dor, sofrimento e também as questões práticas do dia a dia, como lidar com a perda de apetite típica do final da vida, por exemplo. Assim, os cuidados paliativos ajudam todos a se prepararem para as mudanças físicas e psicológicas que podem surgir e a maneira mais saudável para gerenciar essas situações.
Muitas pessoas podem achar que o paciente em cuidados paliativos não precisa mais do apoio e nem da presença da família, já que possui todo o suporte médico necessário, mas isso é um erro. Por mais que os pacientes pareçam estar “preparados” e aceitando bem essa situação, podem estar sofrendo e angustiados e, por isso, o amor e o carinho da família é essencial.
Paciência, dedicação e amor ainda são fundamentais para qualquer tipo de tratamento de um paciente terminal. Esse é o momento de oferecer todo o seu suporte e de aproveitar para se despedir de maneira adequada do ente querido.
Passado esse momento, é hora de aprender com ele, de entender que todos somos mortais, mas que nossas ações e sentimentos podem ajudar a modificar a realidade das pessoas que amamos. Se você tiver dificuldades em lidar com esse momento, não hesite em buscar auxílio psicológico e espiritual.
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