Descubra como é o processo de cremação

Nossa vida é cheia de escolhas que nos permeiam até no momento da morte. Algumas pessoas manifestam sua vontade pelo sepultamento, outras pela cremação e esse desejo pode vir de um mero gosto ou crença. O processo de cremação é simples e utilizado em muitas culturas, inclusive autorizado pela Igreja Católica e por outras religiões.

Quer evitar fazer escolhas sem entendê-las direito? Entenda como é o processo de cremação!

A cremação de uso futuro

Para garantir que a família dedique seu tempo apenas para lidar com a perda de um ente querido, é interessante adquirir planos para a cremação de uso futuro. A cremação de uso futuro, também chamada de “cremação preventiva” nada mais é do que aquela que indica que o processo de cremação acontecerá no futuro. Apenas se diverge da cremação de uso imediato no tocante ao tempo em que será utilizada.

Ela possui a mesma ideia das aquisições de planos funerários. A grande vantagem que ela oferece é evitar burocracias e sofrimento para a família em um momento tão delicado, em que devemos lidar com a perda de um ente querido. Tomar decisões difíceis que envolvem recursos financeiros, em um momento de estresse emocional, pode ser ruim para os envolvidos.

Outra vantagem que deve ser levada em consideração é que, em geral, os crematórios oferecem descontos e parcelamentos na contratação da cremação de uso futuro. É uma boa forma de economizar ainda mais nessa opção que, ao ser comparada ao sepultamento, é mais vantajosa.

Planejamento

Por isso, é interessante que a família se planeje para adquirir um plano de cremação de uso futuro, se esse for o desejo da pessoa. Para adquiri-lo, é preciso encontrar um crematório reconhecido e confiável e buscar informações sobre os planos oferecidos. Além das condições de pagamento, é importante ver se o local oferece suporte e atendimento humanizado.

A definição do desejo do contratante

Uma pessoa que manifeste desejo de ser cremada deve se preocupar em estabelecer essa vontade enquanto ainda vive. É preciso preencher, uma “Declaração de Vontade”,  documento este, fornecido pelo Parque Renascer no ato da aquisição do serviço para que não haja atrito entre os familiares, o que pode ocorrer devido às diversas crenças culturais a respeito da morte.

Para aqueles que não optaram por ela em vida, a autorização para cremação só poderá ser obtida por um parente de primeiro grau, na ordem sucessória: cônjuge, pais, filhos e irmãos maiores de 18 anos. Para tanto, é preciso que haja duas testemunhas e deve ser apresentada a declaração de óbito, assinado por dois médicos ou por um médico legista para os casos de morte natural.

Já nos casos de morte violenta ou causa mortis indefinida, é preciso ter autorização judicial. O pedido pode ser feito por um interessado, desde que parente de 1º grau ou descendente, acompanhado de um(a) advogado(a), diretamente ao juiz de Registros Públicos. Deverá apresentar os documentos pessoais do(a) falecida(o) bem como os documentos do solicitante e expor a vontade que a pessoa falecida tinha em ser cremado(a).  

Com os documentos em mãos, a família deve se dirigir ao Serviço de Registro Civil de Pessoas Naturais para registrar o óbito, para obtenção da guia de cremação, e após procurar o crematório de sua escolha e dar início ao processo.

Processos técnicos da cremação

Decidida a parte burocrática, com a “Guia de Cremação” ou com o início do processo pelos familiares, a parte técnica da cremação pode ser dividida em algumas etapas. Obedecendo a normas de segurança e eficiência, funciona assim:

1. O velório ocorre de modo semelhante ao de quem será sepultado. A diferença começa logo em seguida, quando a urna segue para a sala de cerimônia. Em alguns locais, dentro desta sala, existe um elevador, que leva a urna para o subsolo, onde fica o crematório;
2. Ao chegar à sala do crematório, a urna é devidamente identificada, retira-se o vidro, as alças e os metais. Após este procedimento a urna e colocada dentro do forno crematório para o início do processo.
3. Dentro do forno, as temperaturas alcançam uma média de 1.000°C, suficiente para evaporar ou volatilizar todas as células do corpo e a madeira da urna. O corpo permanece no forno cerca de duas horas e, após decorrido esse tempo, sobram apenas partículas inorgânicas. Como os componentes que formam os ossos (óxidos de cálcio), que resistem à onda de calor. Em alguns crematórios, há fornos com duas câmaras, para uma nova queima de gases;
4. Após o prazo máximo de 96 horas, as cinzas são entregues à família. Ela pode adquirir uma urna e já receber as cinzas nela, ou receber um saco plástico contendo as cinzas, caso não faça opção por comprar uma urna.
5. Nos casos que envolvem crenças religiosas, onde o corpo somente poderá ser cremado após respeitado um determinado prazo, o corpo é acondicionado em uma câmara de refrigeração, onde irá aguardar até o prazo estipulado para o início do processo de cremação.

“Cremação líquida” ou hidrólise alcalina

Prática adotada por alguns estados norte-americanos, a hidrólise líquida (cremação líquida, cremação aquática ou bio-cremação) é uma das formas mais baratas existentes, além de ser ecologicamente sustentável. Seu resultado final é idêntico ao da cremação comum, que resulta em cinzas.

Entretanto, neste caso, as cinzas são decorrentes do óxido de cálcio, que são os componentes dos ossos.

O corpo é mergulhado em um recipiente de aço, com 300 litros ou mais de água (aquecida a 300°C) e hidróxido de potássio ou hidróxido de sódio. Esses componentes químicos (substâncias alcalinas) serão responsáveis por dissolver o corpo em líquido, deixando como resultado final apenas os ossos. O processo dura duas horas e se assemelha a um aceleramento da decomposição natural do corpo, por meio do calor, da pressão e da substância alcalina.

O processo de cremação é simples e uma opção para aqueles que não desejam ser enterrados. Para se resguardar de preocupações no momento da perda de um ente querido, existem planos de cremação para uso futuro. É só escolher um crematório de confiança e se informar sobre eles.

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