Como as religiões tratam a vida após a morte?

A vida após a morte ainda é um dos principais mistérios que circundam a humanidade. Mesmo com tantos avanços tecnológicos, ainda não somos capazes de responder o que acontece — se é que acontece algo — quando o nosso corpo morre. Apesar de a ciência não ter uma resposta, as religiões há anos explicam de maneiras diferenciadas para onde vamos quando morremos — e de que forma somos tratados nessa nova realidade, dependendo das ações que tivemos em vida.

Quer saber mais sobre esse assunto e descobrir as diferentes visões religiosas da vida após a morte? Continue a leitura!

Céu, inferno e a noção de bem e mal

A noção de céu e inferno está arraigada na nossa sociedade e sempre somos lembrados que os bons vão para o céu e os maus para o inferno. Mas, será que eles existem mesmo em todas as religiões?

A ideia de cobrar pelos atos que tivemos em vida é muito forte em inúmeras crenças, o que ajuda a moldar as ações das pessoas. Ou seja, ao acreditarmos que seremos “cobrados” pelas nossas atitudes após a morte, passamos a pensar melhor na forma de agirmos com os demais seres.

O carma

No Budismo, por exemplo, existe a ideia de carma — a lei universal de causa e efeito capaz de governar as nossas ações. Isso significa que todas as nossas ações intencionais possuem uma reação.

Se você fizer boas ações, terá um carma positivo, já as más ações trarão carmas negativos. É justamente o carma que pode nos obrigar a renascer. De acordo com o budismo tibetano, o renascimento é determinado pelo carma vivido, que definirá em qual nível de realidade iremos retornar, seja como humano, seja como animal ou ainda seja como inanimado.

Umbral

No Espiritismo, também existe essa noção de bem e mal e do quanto das nossas ações podemos carregar para outros planos ou para uma nova reencarnação. Caso, em vida, você não tenha realizado boas ações, ao desencarnar — ou seja, quando o espírito deixa o corpo físico —, você poderá passar um tempo no umbral.

O umbral é uma espécie de purgatório, onde os espíritos têm a oportunidade de se elevar, aprendendo com seus erros. Os seres de luz, ou seja, aqueles espíritos bastante elevados podem até mesmo nunca mais reencarnarem e viverem apenas no mundo superior.

Juízo final

É no islamismo e no catolicismo que temos mais bem definidas as ideias de céu e de inferno. Para os mulçumanos, no dia do Juízo, o mundo será enrolado como um pergaminho e todos serão julgados por Deus.

Os que tiveram bons atos em vida e foram crentes em Alá (Deus) serão recompensados com o paraíso, um local de prazeres físicos e espirituais eternos. Lá, todos os seus desejos serão atendidos e você terá à sua disposição servos, fortunas, rios de vinho, mel e leite puros. Mas se você não foi uma boa pessoa, nem acreditou e seguiu os ensinamentos de Deus, poderá ser enviado ao Inferno, um local cheio de torturas e punições para o corpo e a alma.

Purgatório

No catolicismo também temos a ideia de “juízo final”, quando Deus oferecerá a possibilidade de conversão para o descrente, que ficará no purgatório. Caso ele se negue a aceitar os critérios estabelecidos por Deus, poderá ser enviado ao inferno.

Mas para aquelas pessoas de bom coração e que seguiram os ensinamentos de Deus, está reservado a plenitude, o “céu” — onde o ser humano será amparado no amor divino e encontrará a felicidade eterna.

No candomblé não existe uma noção de céu e inferno definida, nem de punição eterna. Acredita-se que as almas precisam apenas cumprir o seu destino ou então vagarão até se realizar como um ser eterno e consciente.

A reencarnação

Como você viu, o budismo e o espiritismo acreditam que, mesmo após o nosso corpo físico ter morrido, a nossa alma continua viva e pode retornar à Terra reencarnada em novos corpos físicos. Na verdade, a noção de reencarnação está associada a várias religiões.

No hinduísmo, por exemplo, esse processo acontece após o espírito ter passado um tempo no loka — o céu hindu). Depois desse período, o espírito precisa retornar ao mundo físico e, antes disso, percorre as dimensões emocionais e mentais para compreender os desafios que enfrentará na nova vida.

Dependendo da vida que teve anteriormente, é possível reencarnar em castas diferentes, sendo que as almas mais evoluídas reencarnam nas castas mais altas, os brâmanes — filósofos e sacerdotes. Em seguida, vem a casta dos xátrias (políticos e guerreiros), depois a casta dos vaishas (comerciantes) e, por último, a casta dos shudras (trabalhadores).

No candomblé, depois que morremos, nosso espírito é encaminhado ao Órun — uma dimensão reservada aos ancestrais e lá podemos ser divinizados. Mas, se o destino não tiver sido cumprido, o nosso espírito poderá ficar vagando entre o céu e a terra e influenciando negativamente as pessoas. São estes espíritos não-realizados que estão sujeitos à reencarnação.

Para a igreja evangélica, a ressureição apenas acontece quando Jesus retorna à Terra, a chamada “Ressureição dos Justos”. Já o catolicismo não crê na reencarnação, sendo que, de acordo com a Bíblia, nós só morremos uma vez — o que acontece é apenas a ressureição da alma, que é eterna e única. O judaísmo, por sua vez, possui várias vertentes, sendo que algumas acreditam na reencarnação e outras na ressureição dos mortos, que é o retorno da alma ao corpo original.

A vida após a morte dos animais

Algumas religiões também tratam da vida após a morte dos animais. De acordo com Chico Xavier, expoente do espiritismo brasileiro, os animais, como todos os seres vivos, também possuem alma.

Porém, para o espiritismo, ao contrário dos humanos, os animais não possuem o tempo de erraticidade, ou seja, o período de “espera” entre uma reencarnação e outra. Quando morrem, sua energia vital é atraída por afinidade para um novo processo de reencarnação. Já para o catolicismo, os animais não possuem alma tal qual a humana — que é a imagem e a semelhança de Deus, mas possuem instinto, de acordo com a sua espécie que os capacita a cumprirem a missão que Deus designou a cada um deles.

Budismo

No Budismo, nós temos a ideia de vários “céus” e, como dissemos, é possível reencarnarmos como animais. Para essa religião, os animais são capazes de sentirem dor, sofrimento, prazer e felicidade, da mesma forma que os humanos.

Assim, para eles, a ideia de que os animais iriam para um céu não é verdadeira, já que seres humanos e animais estão todos interligados de certa forma. Inclusive as ações que temos para com os bichinhos também podem contar de forma negativa ou positiva no nosso carma. O hinduísmo também tem uma ideia parecida, sendo que os animais podem acabar evoluindo para o plano humano no processo de reencarnação.

Como você viu, existem inúmeras explicações religiosas para a vida após a morte e, guardadas as suas diferenças, todas buscam nos fazer ter uma passagem pela terra mais amável e boa com todos os seres, sejam eles humanos ou não. Além disso, as religiões nos ajudam a encontrar conforto e a lidarmos melhor com a perda dos entes queridos, afinal, a alma continua sendo imortal na maioria das crenças.

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 Este conteúdo possui caráter não oficial e meramente informativo. As informações disponibilizadas foram confeccionadas tendo por base a legislação vigente em 09/05/2017. Eventuais alterações legislativas poderão impactar nas considerações apresentadas, não tendo o (Bosque da Esperança, Parque Renascer, Funerária) qualquer responsabilidade sobre possíveis incongruências que estas modificações possam causar ao conteúdo.

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